Pesquisadores de Stanford afirmam que seu plano é mais ousado que o Acordo de Paris, mas viável técnica e economicamente

Um grupo de pesquisadores da Stanford University’s Atmosphere and Energy Program, liderados por Mark Z. Jacobson, chegou à conclusão de que quase 140 países podem ser abastecidos 100% por energia solar, eólica, hidrelétricas e energia geotérmica até 2050. O Brasil é um destes países. Na realidade, já temos uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo. Mas ainda precisamos alcançar um cenário de energia totalmente limpa e renovável.

Neste possível futuro, segundo os pesquisadores, a necessidade por energia seria reduzida em 42,5%, devido à eficiência das fontes renováveis. Além disso, a quantidade de empregos aumentaria em 24,3 milhões, haveria 7 milhões de mortes a menos devido à poluição do ar, economizando-se US$ 50 trilhões em custos com saúde e também se evitaria um aumento de 1,5 graus centígrados de aquecimento global.

Os cientistas analisaram 139 países cujos dados estavam disponíveis na International Energy Agency. Juntos, eles são responsáveis por mais 99% das emissões de carbono no mundo. A pesquisa analisou que fontes de energia renovável estão disponíveis em cada país e o que eles precisam para conseguir se abastecer exclusivamente destas fontes. A conclusão é a de que estes países poderiam se abastecer por 80% de energia renovável até 2030 e 100% até 2050.

Os pesquisadores ressaltam que o plano deles é muito mais ousado do que o defendido pelo Acordo de Paris. Mas que, ao mesmo tempo, é técnica e economicamente possível.

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