Indústria da moda precisa passar por uma revolução que torne a sustentabilidade e a valorização da mão-de-obra pontos centrais em seus modelos de negócio

A indústria da moda precisa se transformar e considerar o impacto socioambiental de suas atividades. O impacto ambiental desse setor, desde práticas agrícolas e extrativistas para produção de matéria-prima até o descarte de produtos usados, é enorme. Além disso, esse é um setor que tradicionalmente adota mão-de-obra pouco qualificada e mal remunerada e, algumas vezes, até mesmo o trabalho análogo à escravidão.

Segundo a edição de 2017 do relatório Pulse of The Fashion Industry 2017, publicado pela The Global Fashion Agenda e pelo The Boston Consulting Group, embora muitas empresas estejam adotando novas práticas sustentáveis de negócios, isso não é o suficiente. Apenas melhorias incrementais não bastam, é preciso transformar esta indústria, causar uma verdadeira revolução. Revolução que passa por novos processos produtivos, tecnologias, modelos de negócios e valorização da mão-de-obra. E os negócios de impacto podem estar à frente de tudo isso, como veremos ao longo desta matéria.

Além dessa transformação ser fundamental para a sociedade e o meio ambiente, é também benéfica para a sustentabilidade financeira das empresas. A edição 2018 do Pulse of The Fashion Industry conclui que melhorar a performance ambiental e social de uma marca de moda também aumenta a sua lucratividade. Atividades como uso eficiente de recursos naturais, ambiente seguro de trabalho e materiais sustentáveis não apenas evitam perdas, como aumentam o lucro da empresa.

Ao longo desta matéria, você:

  1. Entenderá qual é o impacto socioambiental produzido pela indústria da moda;
  2. Aprenderá como empresas do setor podem gerar impacto positivo;
  3. Conhecerá soluções disruptivas que podem contribuir para isso;
  4. Conhecerá iniciativas de grandes marcas em prol da sustentabilidade;
  5. Será apresentado a casos de negócios de impacto de sucesso no setor;
  6. Lerá a opinião de empreendedores brasileiros sobre os desafios para se gerar impacto positivo na cadeia da moda.

Boa leitura!


Este é um conteúdo da série:


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[mks_accordion_item title=”O impacto socioambiental da indústria da moda”]

Para entender o impacto deste setor sobre o planeta e a sociedade, uma boa fonte de informações é o relatório Pulse of The Fashion Industry 2017. Resumimos abaixo os principais dados revelados pelo relatório.

  • Até 2030, a população global consumirá 102 milhões de toneladas de roupas por ano, um aumento de 63% em relação a 2017. É o equivalente a 500 bilhões de camisetas;
  • O uso de água na indústria de moda deve aumentar em 50% até 2030;
  • O uso de energia e as emissões de CO2 equivalentes deve aumentar em 60% até 2030;
  • Produtos químicos usados pela indústria (fertilizantes, pesticidas, corantes etc.) causam doenças ocupacionais, como câncer e partículas transportadas pelo ar;
  • Os resíduos da indústria, desde a produção até o descarte pelo consumidor, devem aumentar 60% até 2030. Apenas 20% das roupas são recicladas após o uso. Destas, a maioria é reciclada em materiais de menor valor, devido a tecnologias inadequadas;
  • Salários: na maior parte do mundo, trabalhadores na indústria da moda são mal remunerados e há muitos casos de trabalho análogo à escravidão;
  • Saúde e segurança: acidentes de trabalho devem aumentar em 15% até 2030.

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[mks_accordion_item title=”Um roteiro para gerar impacto socioambiental positivo na moda”]

Enquanto a edição de 2017 do relatório Pulse of The Fashion Industry é focada em expor o impacto deste setor, a edição 2018 indica um caminho que pode ser adotado por empresas para gerar seu impacto positivo. Seu roteiro é composto por três fases: 1) construindo a fundação; 2) implementando os princípios fundamentais; 3) expandindo para escalar.

Construindo a fundação

Nessa etapa, o negócio estabelece um compromisso com o impacto socioambiental. Se possível e necessário, cria uma equipe exclusivamente dedicada ao tema. Traça uma estratégia com metas de curto e longo prazo e trabalha a comunicação, interna e externa, desta estratégia. A comunicação interna é fundamental para que toda a equipe esteja alinhada à estratégia de impacto da empresa. É importante também criar mecanismos para rastrear a sua cadeia de fornecimento. Esse rastreamento é um pré-requisito para que uma empresa entenda o impacto social e ambiental das suas práticas e dos seus produtos. É o que permite identificar riscos e desafios, assim como oportunidades para aumentar a eficiência operacional e, ao mesmo tempo, fortalecer o relacionamento com seus fornecedores.

Implementando os princípios fundamentais

Nesta fase, o negócio começa a notar o retorno dos seus esforços para gerar impacto socioambiental. Com a transparência da sua cadeia de fornecimento, é possível identificar onde a empresa deve agir para gerar impacto e aumentar a sua eficiência. Neste ponto, poderá tornar o uso de matérias-primas, água, energia e produtos químicos mais eficiente, reduzindo custos operacionais, assim como o impacto ambiental. Também poderá fortalecer parcerias com fornecedores e cultivar condições de trabalho mais justas e seguras. Nesta etapa, uma recomendação é se unir a iniciativas colaborativas já existentes, que oferecem frameworks, padrões, métodos de avaliação e materiais de treinamento. Exemplos de iniciativas são a Better Cotton Initiative e o Sistema B. Essas organizações podem ajudar a empresa a melhorar em áreas como condições de trabalho, inclusão financeira, saúde, diversidade e igualdade de gênero.

Expandindo para escalar

Esta etapa consolida o sucesso da fase anterior. O empreendedor deve buscar replicar na sua cadeia de fornecimento as ações que foram bem-sucedidas. Deve-se também buscar novas soluções para fortalecer as ações já tomadas. Por exemplo, buscar adotar o uso de fibras não-convencionais, métodos avançados de conservação de água e energia e colaborar para promover uma remuneração mais justa aos seus colaboradores. Outras ações que podem ser tomadas: treinar designers a considerar o impacto das suas escolhas sobre o resto da cadeia de fornecimento (economia circular), influenciar o comportamento do consumidor e aumentar o reúso de resíduos sólidos. As ações tomadas nesta etapa aumentarão o impacto positivo socioambiental das operações da empresa, assim como reduzir custos e aumentar a lucratividade.

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[mks_accordion_item title=”Soluções disruptivas”]

Ainda segundo o relatório Pulse of The Fashion Industry 2018, para gerar a transformação necessária no setor da moda é preciso adotar inovações disruptivas, incluindo novas tecnologias e novos modelos de negócio. O relatório indica três áreas promissoras em que se notam estas inovações: mix de materiais sustentáveis, economia circular e indústria 4.0.

Mix de materiais sustentáveis

O empreendedor pode considerar avanços atuais em fibras não-convencionais, feitas de fibra da laranja, uvas ou algas e couro criado por bioengenharia. Também deve considerar processos de fabricação sem o uso de produtos químicos.

Economia circular

Aplicação de métodos que reduzam o consumo ao facilitar a reentrada de matéria-prima na cadeia de valor. Ou seja, repetidamente reciclar e reusar materiais até que se tornem resíduos biodegradáveis. Em vez de adotar processos de fabricação lineares, que geram resíduos e desperdício em sua cadeia de valor, o negócio pode adotar sistemas fechados, circulares, para minimizar o desperdício. “Fechar o sistema” envolve o uso da terra, água e fontes de energia.

Inovações neste sentido incluem tecnologias de reciclagem que produzem novas fibras de qualidade comparável a fibras virgens e tecnologias óticas de triagem de fibras para facilitar a reciclagem em escala. Também incluem sistemas de mapeamento e rastreamento que permitem o upcycling e a reciclagem de resíduos pré-consumo e programas de assinatura de moda-como-serviço voltados aos consumidores.

Para saber mais sobre economia circular, clique aqui.

Indústria 4.0

O uso de automação e outras tecnologias mudarão a indústria da moda, como tem mudado tantas outras indústrias. Esta mudança afeta toda a cadeia de valor, tornando-a mais enxuta e aumentando a produtividade. Entre as tecnologias envolvidas, estão sensores e a Internet das Coisas e a impressão 3D sob demanda.[/mks_accordion_item]
[mks_accordion_item title=”Iniciativas do Setor”]

Apresentamos duas boas iniciativas do setor, uma internacional e outra brasileira.

Certificação BCI (Better Cotton Initiative)

Organização sem fins lucrativos que começou em 2005, em uma mesa-redonda da organização World Wildlife Fund (WWF). Reúne produtores, beneficiadores, comerciantes, fabricantes, varejistas e organizações da sociedade civil em uma parceria global, com o objetivo garantir um futuro mais sustentável para o setor de produção de algodão. Grandes marcas, como a GAP, já se comprometeram a comprar algodão com esta certificação como parte de suas boas práticas pela sustentabilidade. Saiba mais.

Plataforma Estilistas Brasileiros

Criada pela empresária Cristina Chiarastella, o projeto Estilistas Brasileiros tem o objetivo de reunir pequenos empreendedores que aliam moda, sustentabilidade e responsabilidade social. Saiba mais.[/mks_accordion_item]
[mks_accordion_item title=”Iniciativas de grandes marcas”]

Grandes marcas já investem pesadamente em processos sustentáveis e economia circular na moda. Na Kaleydos, abordamos anteriormente algumas destas iniciativas e reunimos as mais interessantes aqui.

C&A anuncia sua primeira coleção circular com foco em sustentabilidade: Um dos diferenciais das peças é que ela são produzidas sem gerar excesso de resíduos e, ao final de sua vida útil, por meio da compostagem, torne-se até mesmo nutrição para o solo.

Reebok lança tênis de milho e algodão orgânico: conheça o Cotton+Corn.

Em parceria com Dell, designer cria coleção de jóias feitas com ouro retirado do lixo eletrônico: The Circular Collection mostra como o que chamamos de lixo é literalmente riqueza descartada.

Wrangler quer aumentar o fornecimento de algodão sustentável nos EUA: o programa começou em 2016 com um piloto em uma fazendo no Alabama e agora a marca busca ampliá-lo para todos os EUA.

Adidas vendeu 1 milhão de tênis feitos de plástico retirado dos oceanos em 2017 – conheça este case de moda circular.

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[mks_accordion_item title=”Negócios de impacto brasileiros no setor da moda”]

Listamos aqui 9 casos brasileiros de empresas que produzem impacto ambiental e social na moda. São empresas que têm duas características em comum: 1) métodos de produção sustentável; 2) valorização e capacitação da mão de obra, com ênfase em pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Além de ler sobre as startups abaixo, vale a pena também assistir a este vídeo em que os empreendedores Jonas Lessa (Retalhar), Dari Santos (Alinha) e Lu Bueno (Banco de Tecido) apresentam seus negócios de impacto.

Áurea Lucia Slow and Circular Fashion

Adotam processos sustentáveis e baseados em economia circular, oferecem trabalho justo e remunerado a mulheres com 60 anos ou mais como complemento da aposentadoria, convívio social, bem-estar e troca de expertises.

DaTribu

Sediada em Belém (PA), a marca de acessórios utiliza matérias-primas sustentáveis da região amazônica. Por exemplo, a madeira vem de sobras de fábricas de móveis, enquanto o látex vem da produção de famílias assentadas em uma reserva extrativista. Além disso, seus processos de produção valorizam os saberes locais, incluindo tecnologias indígenas, como é o caso do encauche, um método que usa o látex para impermeabilizar fios de algodão.

Dobra

Esta marca gaúcha produz camisetas e tênis feitos de “papel”. Ou melhor, de um tipo de fibra que parece papel, é resistente à àgua e não rasga. Sua matéria-prima é reciclagem e pode ser considerada vegana, já que não é feita de nenhum produto de origem animal. Outras matérias-primas incluem garrafas PET e PVC reciclados. Um diferencial da marca é que cada par de sapatos é único, produzido apenas quando o produto é solicitado e de acordo com as medidas do cliente. Além disso, a empresa mantém o programa Dobra+1, em que doa R$ 1,00 para um fundo de ações sociais. O dinheiro deste fundo já foi utilizado para reformar uma escola da região que havia sido danificada pelas chuvas.

Flavia Aranha

Marca de roupa que adota técnicas sustentáveis de tingimento natural e valoriza uma cadeia de fornecedores de baixa renda, principalmente no norte de Minas Gerais e Bahia. A empresa capacita estes fornecedores, ensinando-os, por exemplo, a precificar os seus produtos e a desenvolver outros clientes, para que não se tornem dependentes somente da Flavia Aranha.

InsectaShoes

Trata-se de uma marca de sapatos e acessórios veganos e ecológicos. As matérias-primas usadas incluem garrafas PET recicladas, algodão reciclado, borracha reaproveitada, peças de roupas usadas, tecidos de reúso e resíduos de produção. A empresa afirma que, em 2017, reciclaram mais de 6.600 garrafas plásticas, 391,69 m2 de roupas e tecidos 2120,70 kg de borracha. A marca possui duas lojas físicas e 10 pontos de venda espalhados pelo mundo. É também uma Empresa B, certificada pelo Sistema B Brasil.

Joaquina Brasil

Marca de roupas em que todas as peças são produzidas com matéria-prima reutilizada e emprega pessoas em situações de vulnerabilidade social. Por meio de parcerias com parceiros sociais (Projeto Arrastão, Afroreggae e Instituto Alinha), ensina uma nova profissão e gera renda para ex-detentas, mulheres com pouca competitividade no mercado de trabalho e imigrantes que já sofreram algum tipo de exploração ou trabalho análogo à escravidão. Outro diferencial da startup é o cuidado com a transparência em sua cadeia de valor. Sua plataforma de vendas “conta a história” do resgates dos tecidos usados, quantidades disponíveis, falhas existentes etc. Suas etiquetas possuem um QRcode, por meio do qual o consumidor pode rastrear o produto e saber a história da artesã ou da comunidade que produziu a peça. Atualmente, conta com 2 lojas físicas e está presente em mais de 18 multimarcas no Brasil e exterior.

PanoSocial

Fundado por Natacha Lopes e Gerfried Gaulhofer, este negócio social sediado em São Paulo adota processos de produção sustentáveis e usa exclusivamente matéria-prima ecológica, como algodão orgânico, pet reciclado e pigmentos naturais. Além disso, adota como mão de obra principalmente ex-detentos, egressos do sistema prisional, que recebem uma segunda chance na vida. Além da oportunidade de trabalho, recebem capacitação profissional e participam de atividades de ressocialização, como meditação e rodas de conversa. Kaleydos já publicou sobre este negócio antes e você pode saber mais sobre ele aqui e aqui. É uma empresa apoiada pela Bemtevi.

Re-Roupa

Com o lema “roupa feita de roupa”, adota processos de upcycling e produz roupas novas a partir de matérias primas que seriam descartadas como resíduos, como fins de rolo de tecido, retalhos, e peças com pequenos defeitos. As peças são produzidas em parceria com costureiras empreendedoras de comunidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, que trabalham de forma independente ou em cooperativas.

Retalhar

Sua missão é ajudar a solucionar o problema das cerca de 175 mil toneladas de resíduos têxteis descartados por ano no Brasil. Por meio de logística reversa, a empresa reduz o desperdício de tecidos, que são reaproveitados para a produção de novas peças de roupa. Neste processo, aumenta a renda das cooperativas envolvidas na cadeia têxtil. Oferece quatro produtos e serviços: 1) reciclagem de tecidos; 2) cobertores populares (fabricados com a partir de uniformes descartados); 3) descaracterização para reuso (uniformes usados reaproveitados); 4) transformação de tecidos em brindes corporativos sob demanda. O negócio já foi apoiado pela Worth A Million e pela NesST.

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[mks_accordion_item title=”Empreendedores respondem: qual foi o seu maior desafio para gerar impacto socioambiental na moda?”]

Kaleydos perguntou a empreendedores do setor quais foram os seus desafios para gerar impacto social e como os superaram. Veja as respostas:

Áurea Lúcia, CEO e Diretora Criativa da Áurea Lucia Slow And Circular Fashion

“Nosso maior desafio para gerar impacto socioambiental na moda vem sendo a conscientização de diversos atores que fazem parte da cadeia de produção (desde o fornecedor ao consumidor final). Nossas ferramentas para informar de modo relevante e impactar o maior número de pessoas são as nossas coleções –  através dos processos ecoeficientes de design, produção e distribuição – e o nosso projeto socioambiental, o EnCOntro MG, que através de atividades teóricas, práticas e culturais, promove a educação socioambiental, o bem estar e o consumo consciente, de modo gratuito para a sociedade”.

“Batman” (Guilherme Massena), CEO da Dobra

“Eu citaria 2 desafios importantes que impactam diretamente nosso projeto para reciclagem das carteiras! O primeiro deles é a logística: vivemos num país continental em que as empresas estão num certo oligopólio e cobram preços absurdos e prazos longos para realizar entregas e coletas. Com isso, nosso programa de reciclagem (clientes enviam as carteiras antigas pra gente reciclar e ganham desconto pra comprar uma nova) acaba sendo um pouco prejudicado. O segundo é achar empresas com mentalidade aberta para trabalhar com o material que usamos. Depois de 2 anos e meio de pesquisas, finalmente achamos uma disposta a transformar nosso material em matéria prima para novos produtos. :)”.

Jonas Lessa, co-fundador da Retalhar.

“O maior desafio foi – e ainda é – romper diariamente com uma lógica onde é habitual a ética sucumbir à estética. Neste cenário histórias bem contadas passam a valer mais do que iniciativas bem intencionadas.”

Vanessa Montoro, diretora e designer da marca Vanessa Montoro.

“A marca  já nasceu com os pilares da sustentabilidade, há 16 anos, mesmo sem saber que a questão sustentável se tornaria primordial anos adiante.

Comecei encontrando o produtor de seda orgânica descartada pela indústria  que desenvolve o fio de seda que eu uso para o crochê, e que leva em consideração o controle de água, emissão de CO2 e que tinge naturalmente, ou seja, à base de espinafre, beterraba etc.

Na sequência fui em busca de mulheres do subúrbio para fazer parte do time de crocheteiras. A iniciativa deu origem ao projeto social da marca “Mulheres Borboleta”, que emprega 30 artesãs.

A Certificação de Empresa B veio como consequência de todo esse processo em 2016, mas a verdade é que desde sempre nos preocupamos com o desempenho social e ambiental da empresa. Portanto, não passamos por grandes transformações para gerar impacto socioambiental na moda porque já nascemos assim.

O que fazemos ano após ano é ajustar e afinar cada parte do processo.

Mas com certeza posso falar que meu maior desafio foi, e continua sendo, a imprensa da moda, ou seja, os meio de comunicação, onde a maioria das matérias são sempre compradas… para divulgar esse meu trabalho que venho fazendo há anos, as revistas de moda nunca se interessaram  em passar a informação, divulgar, mostrar, explicar, dentro do meio esse tipo de trabalho, onde nunca foi valorizado, sendo que ser uma marca ecologicamente correta hoje não é mais uma questão de nicho, e sim norma básica para começar qualquer business!”

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Sua startup atua no setor e precisa de apoio? Entenda o que fazer

Se você busca apoio para o seu negócio de impacto se fortalecer e escalar, há algumas atitudes que podem ser tomadas.

Uma é apresentar o seu negócio à Kaleydos por meio deste formulário. A Kaleydos, iniciativa do Instituto Jatobás, é uma plataforma de investimento e desenvolvimento de soluções e negócios que contribuem com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Busca e seleciona startups de impacto em estágio inicial, alinhadas a um ou mais ODS, com potencial de viabilidade e escalabilidade, impacto socioambiental mensurável e modelos de negócios inovadores. Saiba mais aqui.

Outra é cadastrar a sua startup na Pipe.Social, a maior vitrine de negócios de impacto socioambiental do Brasil. Você ganhará visibilidade entre investidores, aceleradoras, marcas, fundações, governos, mentores, investidores anjo, mídias e potenciais parceiros.