Cofundador da Din4mo comenta aspectos morais e éticos dos negócios de impacto social

Em coluna para a Folha.com, Haroldo Torres, cofundador da Din4mo, fala sobre o aparente dilema em se criar negócios lucrativos voltados a resolver problemas sociais. A Din4mo é uma organização de apoio a negócios de impacto que atuam na redução de desigualdades.

Haroldo começa com um questionamento:

Para muitos, a ideia de negócios com impacto social coloca dilemas morais importantes. Dá mesmo para ganhar dinheiro contribuindo para a redução das desigualdades e para a melhoria das condições de vida dos mais pobres? E, se der, isso é justo e moralmente aceitável?

O colunista argumenta que negócios de impacto social contribuem para a inclusão social e para melhorar as condições de vida dos mais pobres. Ao mesmo tempo, assinala que nem todos os problemas sociais podem ser resolvidos com modelos de negócios:

Por outro, é ingênua a ideia de alguns atores empresariais de que qualquer projeto social poderá se transformar em um negócio. Afinal, é notória a dificuldade de se estruturar modelos de negócios viáveis voltados para consumidores pobres.

(…) Também existem segmentos que precisam e vão continuar a precisar por muito tempo de soluções a fundo perdido, especialmente quando pensamos nas propostas voltadas para os extremamente vulneráveis. Para estes, o Estado continuará a exercer um papel essencial, assim como a filantropia pura –sobretudo nas situações mais críticas.

E continua, afirmando que o capitalismo também pode ser inclusivo:

Assim como existem muitos tipos de capitalismo –do praticado na Alemanha nazista na década de 1930 ao social democrata sueco da década de 1990– há muitos tipos de negócios lucrativos.

Alguns podem ser, sim, extremamente predatórios, mas outros conseguem contribuir para a construção de uma sociedade menos desigual e mais sustentável. E já foram desenvolvidas centenas de propostas em todo mundo –algumas muito exitosas– que oferecem soluções com impacto positivo em áreas como habitação, microfinanças, nutrição, saúde e educação.

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