Matéria da BBC informa que está sendo aberto o primeiro banco comunitário da favela de Paraisópolis. O Banco de Paraisópolis terá a sua própria moeda social (Nova Paraisópolis), que só poderá circular dentro do bairro, para fomentar a economia local, e será gerido pela associação de moradores e comerciantes da região.

O banco terá uma agência dentro da comunidade e entre os serviços oferecidos estão contas correntes, cartões de débito e crédito e um aplicativo para celular. O lucro será revertido no financiamento de 32 projetos sociais que a associação de moradores fomenta na área, como uma orquestra de jovens, um grupo de balé e um bistrô em uma laje.

Bancos comunitários ajudam a desenvolver regiões carentes, cujos moradores frequentemente não atendem aos critérios para serem atendidos pelas instituições financeiras tradicionais, principalmente na busca por crédito. Segundo a Rede Brasileira de Bancos Comunitários, já existem 103 instituições do tipo no país que giraram R$ 40 milhões entre 2016 e 2017. As instituições são reconhecidas pelo Banco Central e são supervisionadas pela Secretaria de Economia Solidária, do Ministério do Trabalho.

O primeiro foi o Banco Palmas, inaugurado em 1998, na favela de Palmeiras, em Fortaleza.

Na Kaleydos já entrevistamos Thiago Silva, representante do Banco Comunitário União Sampaio e da Agência Solano Trindade. Atuante do Jardim Maria Sampaio, em São Paulo, o banco oferece empréstimos acessíveis aos moradores, fomenta empreendedorismo e estimula a produção cultural na comunidade. Clique aqui para ler a entrevista com Thiago Silva.