Pesquisa conclui que existe um ambiente propício para implementação de iniciativas de mercado no âmbito das Organizações da Sociedade Civil (OCSs)

Do ICE

Entender a relação entre Organizações da Sociedade Civil (OSCs) e Negócios de Impacto é o tema do projeto “Lições da Prática – Reflexões sobre os elos entre o Terceiro Setor e o campo de Negócios de Impacto”, conduzido pelas professoras da FEA USP, Rosa Maria Fischer e Graziella Comini, em parceria com o Instituto de Cidadania Empresarial (ICE) e a Ashoka.

Na primeira etapa, foram mapeadas cerca de 50 lideranças de OSCs para participar dessa reflexão. A ideia era reunir o maior número possível desses líderes em um encontro presencial e sistematizar os “elos” ou conexões com o universo dos negócios de impacto.

Para melhor estruturar o encontro foram realizadas 12 entrevistas e um workshop, no dia 06 de junho, em São Paulo, com 25 lideranças de OSCs de diferentes setores.

Uma das principais constatações da pesquisa é que existe um ambiente propício para implementação de iniciativas de mercado no âmbito das OSCs. Parte dessas organizações começa a pilotar experiências, algumas intensificam atividades de geração de receita e outras desenvolvem modelos de negócios. Também foram identificadas nesse universo organizações mais recentes que já nascem com uma lógica híbrida (gerar impacto e ser rentável). Mas, no geral, há uma grande abertura para dialogar com a lógica de mercado.

O risco de desvirtuar a missão foi destacado como um ponto de atenção, no entanto, há consenso de que as organizações da sociedade civil devem se preocupar em tomar decisões pautadas por critérios socioambientais e critérios econômicos, para garantir sua sobrevivência no longo prazo. No contexto interno, destaca-se ainda a dificuldade de compreensão e utilização de terminologias do mundo dos negócios e a necessidade de estruturar um modelo de negócios de forma planejada.

Entre os desafios enfrentados pela OSC, tem destaque a falta de capital semente para teste de modelos inovadores, bem como, o reconhecimento externo de sua capacidade de se transformar em provedor de soluções socioambientais e negociá-los a preços de mercado.

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