Acesso a capital foi tema discutido no lançamento Labora, Laboratório de Inovação Social do Oi Futuro

Da Sitawi Finanças do Bem

O acesso a capital é um dos maiores desafios para organizações sociais e negócios de impacto. O primeiro passo para os empreendedores sociais e iniciativas inovadoras é identificar onde se encontram dentro do ecossistema para buscar o tipo de financiamento adequado para seu estágio de maturidade. Leonardo Letelier, CEO da SITAWI, palestrou sobre o tema no Seminário de Inovação Social realizado pelo Oi Futuro, no Rio de Janeiro.

“Existe uma disparidade muito grande entre as expectativas dos empreendedores e investidores. Se por um lado, as iniciativas sociais precisam de crédito; por outro, os investidores buscam bons negócios para alocar capital”, comentou Leonardo. “Dessa forma, é importante que os empreendedores identifiquem os estágios onde se encontram para solicitar o tipo de capital certo para a organização certa”, pontuou referenciando o espectro abaixo que apresenta os tipos de organizações, receitas, suas intenções e dividendos, quando existentes.

O debate, mediado pela jornalista Flávia Oliveira, contou também com a participação de Rita Afonso, da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis, que falou de sua experiência na academia e compartilhou histórias de cases de inovação em periferias; e Carolina Aranha, trazendo uma análise dos resultados do primeiro Mapa de Negócios de Impacto Social, realizada pela Pipe.Social.

O evento, realizado no dia 18 de julho, marcou o lançamento do Labora, Laboratório de Inovação Social do Oi Futuro. A iniciativa se propõe como um ponto de conexão, aprendizagem e co-criação para organizações e empreendedores sociais comprometidos com transformação de impacto. O Labora oferece programas de incubação e aceleração para projetos e negócios sociais em diferentes fases de maturação e perfil empreendedor. A proposta é impulsionar o desenvolvimento de soluções de impacto para os problemas das cidades.

“Evoluímos para o modelo de formação e fortalecimento de redes colaborativas de empreendedores sociais”, explica Carla Uller, gestora de Educação e Inovação Social do Oi Futuro. “Queremos promover conexões entre realizadores, investidores, espaços e tecnologias”, concluiu.

No encontro, foram anunciados os negócios sociais selecionados pelo 1º Programa de Aceleração de Negócios Sociais do Labora, com execução técnica da Yunus Negócios Sociais, e foi lançado o 1º Programa de Incubação e Aceleração de organizações sociais e negócios sociais do Labora na área cultural em parceria com o Instituto Ekloos e a Secretaria Estadual de Cultura do Rio de Janeiro, para apoiar a gestão estratégica e trazer inovação às iniciativas socioculturais.